Manejo, reprodução e criação de peixes amazônicos

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Sérgio Fonseca Guimarães
Formato: Online
Publicado em: 2002
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25572
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abstract A pesquisa faz um diagnóstico sobre a piscicultura de pirarucu, matrinxã e tambaqui no Estado do Amazonas e busca quantificar a dimensão dessa atividade econômica, suas potencialidades futuras e os principais obstáculos ao seu desenvolvimento.
coverage Em primeiro lugar, o pirarucu, espécie emblemática da região amazônica, corre risco de extinção devido a pesca predatória praticada ao longo de muitos anos. A exploração não sustentável do pirarucu (isto é, a propagação natural da espécie é insuficiente para repor o número de espécimes dizimados pela atividade pesqueira) fez com que o IBAMA baixasse uma portaria proibindo sua captura. O tambaqui, espécie antes abundante nas proximidades de Manaus, hoje é capturada num raio de 500 a 2.500Km de distância desse centro consumidor devido a pesca seletiva praticada na região. Somado a isso, alterações ambientais provocadas pelo homem, tais como, desmatamento de várzeas e igapós, garimpo e construções de represas, também podem afetar drasticamente a abundância e a distribuição das espécies e sua interação com o meio ambiente.
A redução dos estoques pesqueiros naturais, aliada ao crescimento populacional e a demanda crescente de pescado na região, faz com que se torne imperativa a necessidade da geração e aplicação de tecnologias regionais destinadas tanto ao aumento da produção de peixes para o consumo como para a conservação dos recursos pesqueiros na natureza. Neste sentido a pesquisa pode contribuir das duas formas visto que o aumento da oferta de pescado oriundo da piscicultura ajuda a aliviar a pressão da pesca sobre os estoques naturais e a manter a sustentabilidade da pesca.
Os atuais entraves para o desenvolvimento da piscicultura amazônica devem-se principalmente a lacunas tecnológicas, falta de assistência técnica regular aos criadores, limitações de infra-estrutura e de insumos, e escassez de mão de obra especializada na região. As principais lacunas tecnológicas existentes resultam da falta de informação sobre a biologia e ecologia das espécies nativas. Isto leva ao desconhecimento de técnicas de manejo, reprodução, alimentação e criação em cativeiro, bem como à falta de informações sobre diagnóstico, prevenção, tratamento e controle de doenças e carências nutricionais das espécies cultivadas.
Para combater as ameaças à biodiversidade representadas pelo risco do “desaparecimento” de algumas espécies, como é o caso do pirarucu e tambaqui, e a necessidade de se produzir mais peixe para o consumo, os cientistas desejam conhecer melhor os padrões biológicos e ecológicos gerais das três espécies estudadas, com vistas a desenvolver técnicas de manejo, propagação e cultivo em cativeiro. Com isso visam também contribuir para o desenvolvimento da piscicultura regional, aumentando e diversificando a produção de alimentos de origem animal e a geração de empregos, além de ajudar a fixar populações em suas regiões de origem.
Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão desenvolvendo estudos sobre manejo, reprodução e criação dos peixes amazônicos pirarucu, matrinxã e tambaqui. A pesquisa faz um diagnóstico sobre a piscicultura destas três espécies no Estado do Amazonas e busca quantificar a dimensão atual desta atividade econômica, suas potencialidades futuras e os principais obstáculos ao seu desenvolvimento. Realiza também estudos sobre manejo de reprodutores em diferentes condições de cultivo, reprodução induzida, produção de alevinos (filhotes), e engorda em viveiros, gaiolas e canais de igarapé.
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O trabalho inicial de diagnóstico é feito através da coleta sistemática de informações de campo junto aos criadores e de dados de instituições públicas ou privadas. A parte experimental da pesquisa é desenvolvida nas instalações da estação de piscicultura do INPA, localizada em Manaus, ou em fazendas de criadores particulares. Os peixes utilizados nas pesquisas são provenientes de reprodução induzida, realizada na própria estação do INPA ou em outras estações de piscicultura, e de coletas no ambiente natural. Os estudos de reprodução e criação desses peixes são feitos através do manejo de reprodutores sob diferentes condições de estocagem, monitoramento de hormônios reprodutivos (testosterona e estradiol), indução hormonal à desova, produção de larvas e alevinos, avaliação de dietas para indivíduos jovens e adultos, e cultivo em viveiros, gaiolas e igarapés. Nas diferentes condições de cultivo empregadas faz-se ainda o diagnóstico e monitoramento das condições sanitárias dos peixes.
A parte da pesquisa dedicada ao pirarucu neste projeto faz parte de um projeto maior intitulado "Projeto Pirarucu", também desenvolvido pelo INPA em cooperação e com aporte financeiro da Agência Espanhola de Cooperação Internacional-AECI, Governo da Espanha.
institution Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Banco da Amazônia
publishDate 2002
publishDateFull 2002-12-01
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Somado a isso, alterações ambientais provocadas pelo homem, tais como, desmatamento de várzeas e igapós, garimpo e construções de represas, também podem afetar drasticamente a abundância e a distribuição das espécies e sua interação com o meio ambiente. A redução dos estoques pesqueiros naturais, aliada ao crescimento populacional e a demanda crescente de pescado na região, faz com que se torne imperativa a necessidade da geração e aplicação de tecnologias regionais destinadas tanto ao aumento da produção de peixes para o consumo como para a conservação dos recursos pesqueiros na natureza. Neste sentido a pesquisa pode contribuir das duas formas visto que o aumento da oferta de pescado oriundo da piscicultura ajuda a aliviar a pressão da pesca sobre os estoques naturais e a manter a sustentabilidade da pesca. Os atuais entraves para o desenvolvimento da piscicultura amazônica devem-se principalmente a lacunas tecnológicas, falta de assistência técnica regular aos criadores, limitações de infra-estrutura e de insumos, e escassez de mão de obra especializada na região. As principais lacunas tecnológicas existentes resultam da falta de informação sobre a biologia e ecologia das espécies nativas. Isto leva ao desconhecimento de técnicas de manejo, reprodução, alimentação e criação em cativeiro, bem como à falta de informações sobre diagnóstico, prevenção, tratamento e controle de doenças e carências nutricionais das espécies cultivadas. Para combater as ameaças à biodiversidade representadas pelo risco do “desaparecimento” de algumas espécies, como é o caso do pirarucu e tambaqui, e a necessidade de se produzir mais peixe para o consumo, os cientistas desejam conhecer melhor os padrões biológicos e ecológicos gerais das três espécies estudadas, com vistas a desenvolver técnicas de manejo, propagação e cultivo em cativeiro. Com isso visam também contribuir para o desenvolvimento da piscicultura regional, aumentando e diversificando a produção de alimentos de origem animal e a geração de empregos, além de ajudar a fixar populações em suas regiões de origem. Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) estão desenvolvendo estudos sobre manejo, reprodução e criação dos peixes amazônicos pirarucu, matrinxã e tambaqui. A pesquisa faz um diagnóstico sobre a piscicultura destas três espécies no Estado do Amazonas e busca quantificar a dimensão atual desta atividade econômica, suas potencialidades futuras e os principais obstáculos ao seu desenvolvimento. Realiza também estudos sobre manejo de reprodutores em diferentes condições de cultivo, reprodução induzida, produção de alevinos (filhotes), e engorda em viveiros, gaiolas e canais de igarapé. 00008_1.jpg 00008_2.jpg 00008_3.jpg 00008_4.jpg O trabalho inicial de diagnóstico é feito através da coleta sistemática de informações de campo junto aos criadores e de dados de instituições públicas ou privadas. A parte experimental da pesquisa é desenvolvida nas instalações da estação de piscicultura do INPA, localizada em Manaus, ou em fazendas de criadores particulares. Os peixes utilizados nas pesquisas são provenientes de reprodução induzida, realizada na própria estação do INPA ou em outras estações de piscicultura, e de coletas no ambiente natural. Os estudos de reprodução e criação desses peixes são feitos através do manejo de reprodutores sob diferentes condições de estocagem, monitoramento de hormônios reprodutivos (testosterona e estradiol), indução hormonal à desova, produção de larvas e alevinos, avaliação de dietas para indivíduos jovens e adultos, e cultivo em viveiros, gaiolas e igarapés. Nas diferentes condições de cultivo empregadas faz-se ainda o diagnóstico e monitoramento das condições sanitárias dos peixes. A parte da pesquisa dedicada ao pirarucu neste projeto faz parte de um projeto maior intitulado "Projeto Pirarucu", também desenvolvido pelo INPA em cooperação e com aporte financeiro da Agência Espanhola de Cooperação Internacional-AECI, Governo da Espanha. Estudos sobre manejo, reprodução e criação de pirarucu, matrinxã e tambaqui em cativeiro A pesquisa faz um diagnóstico sobre a piscicultura de pirarucu, matrinxã e tambaqui no Estado do Amazonas e busca quantificar a dimensão dessa atividade econômica, suas potencialidades futuras e os principais obstáculos ao seu desenvolvimento. 2002-12-01 Ciências Agrárias O trabalho inicial de diagnóstico é feito através da coleta sistemática de informações de campo junto aos criadores e de dados de instituições públicas ou privadas. A parte experimental da pesquisa é desenvolvida nas instalações da estação de piscicultura do INPA, localizada em Manaus, ou em fazendas de criadores particulares. Os peixes utilizados nas pesquisas são provenientes de reprodução induzida, realizada na própria estação do INPA ou em outras estações de piscicultura, e de coletas no ambiente natural. Os estudos de reprodução e criação desses peixes são feitos através do manejo de reprodutores sob diferentes condições de estocagem, monitoramento de hormônios reprodutivos (testosterona e estradiol), indução hormonal à desova, produção de larvas e alevinos, avaliação de dietas para indivíduos jovens e adultos, e cultivo em viveiros, gaiolas e igarapés. Nas diferentes condições de cultivo empregadas faz-se ainda o diagnóstico e monitoramento das condições sanitárias dos peixes. A parte da pesquisa dedicada ao pirarucu neste projeto faz parte de um projeto maior intitulado "Projeto Pirarucu", também desenvolvido pelo INPA em cooperação e com aporte financeiro da Agência Espanhola de Cooperação Internacional-AECI, Governo da Espanha. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25572 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/ee39d2317f34ed9fb217746306f1d1746c5ae2bb.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/becf628be1c04e798e53057cd71f6557f3449f8b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1b34d847bae680488cee247c7c06de9121b3e740.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/84e6fe5c0c9bb3d8442f01055fa899eb69561df0.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/60c6e6a737f36808cae4ab1bd8c9b5fe603ffc3c.jpg