Diretrizes para conservação e manejo da fauna e flora da reserva florestal Adolpho Ducke

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Regina Celi Costa Luizão
Formato: Online
Publicado em: 2002
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=25404
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abstract Os pesquisadores apontam diretrizes para conservação e manejo da fauna e flora da reserva florestal Adolpho Ducke.
coverage A conseqüência mais óbvia dos impactos antrópicos no ecossistema florestal é a perda de habitats e a conseqüente diminuição da biodiversidade. Embora ainda em andamento, este projeto indica que o isolamento total da Reserva colocaria em risco de extinção várias espécies, pois a Reserva apresenta uma alta heterogeneidade de habitat para a fauna e flora, e a manutenção da integridade da Reserva é essencial para sua sobrevivência. Espécies com hábitats específicos (como exemplificado pelos peixes e por um grupo de espécies da erva Psychotria) ou que necessitam de grandes áreas para sobrevivência (como o gavião-real Harpya harpyja) podem tornar-se ausentes de fragmentos de floresta que não forneçam áreas mínimas, e contribuir para desequilíbrios de populações de outros componentes do ecossistema e, portanto, em seu funcionamento como um todo. Por isso, os resultados desse projeto são essenciais, podendo ajudar a definir áreas e tamanhos mais apropriados para estabelecimento de unidades de conservação e manejo ideais. Além disso, a integração dos estudos que identificam os fatores mais importantes para o equilíbrio das associações biológicas, permite apontar e financiar as pesquisas prioritárias para a preservação da floresta e suas espécies, e que podem ser aplicados em outras partes da Amazônia. Os pesquisadores responsáveis por este projeto fazem parte do Grupo de Pesquisa do CNPq chamado "Conservação e Manejo da Biota Amazônica" do Departamento de Ecologia do INPA, liderados pelo Dr. William Magnusson.
A Reserva Florestal Adolfo Ducke, pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), tem área de 10.000 hectares (10 km x 10 km) e fica nos arredores da cidade de Manaus. Nos últimos anos, a expansão da cidade tem ameaçado a integridade da Reserva em várias direções, gradativamente isolando-a num grande fragmento florestal, ainda conectado à mata contínua apenas em sua porção nordeste (Foto 1). Este isolamento está transformando a Reserva no maior fragmento florestal urbano do mundo e, conseqüentemente, sujeito ao impacto antrópico de maior intensidade entre todos os conhecidos. Este projeto visa apontar as diretrizes que contribuirão para o manejo e conservação da flora e fauna da Reserva Ducke e tem as seguintes metas: (i) implantar um sistema de trilhas, com levantamento topográfico e hidrológico; (ii) demarcar parcelas permanentes para estudos de dinâmica da vegetação; (iii) fazer o levantamento dos grupos da fauna e determinar sua relação com a vegetação e o solo; (iv) integrar os estudos para detectar os fatores que controlam as associações biológicas na Reserva. A meta geral é propor melhores formas de manejo e de conservação dos recursos biológicos da Amazônia em grande escala.
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O sistema de trilhas foi implantado em 2000, consistindo num grade de nove trilhas verticais na direção norte-sul e nove trilhas horizontais na direção leste-oeste. Cada trilha tem 8 km de extensão e abrange quase toda a área da Reserva, deixando uma borda de 1 km em torno do perímetro da Reserva. As trilhas foram marcadas com tubos PVC numerados, a cada 250 m, e cotas altimétricas foram determinadas a cada 10 m. Ao longo das trilhas foram demarcadas parcelas terrestres permanentes para estudos dos organismos terrestres e parcelas aquáticas permanentes para estudos dos organismos aquáticos. A Reserva é dividida ao meio, no sentido norte-sul, por um platô central (120-140 m altitude) que atua como divisor de águas entre duas bacias hidrográficas distintas, a leste e oeste da Reserva. A bacia oeste é constituída por uma rede de pequenos rios (igarapés) de águas pretas e cristalinas que desaguam no rio Negro enquanto a bacia leste é formada por pequenos rios de águas barrentas que drenam para o rio Amazonas. Em cada bacia foram demarcadas 19 parcelas aquáticas, cada uma com 50 m de comprimento ao longo do leito dos igarapés. O estudo dos igarapés mostrou que a presença de ácidos húmicos, partículas em suspensão, velocidade e fluxo de corrente e o tipo de substrato são os principais fatores que dintinguem as duas bacias de drenagem, a leste e oeste da Reserva, e que estes influenciam diretamente na distribuição e abundância dos peixes nas duas bacias. Por exemplo, das 49 espécies de peixes (pertencentes a seis ordens e 16 famílias) encontradas nos igarapés da Reserva, houve 14 espécies que ocorreram exclusivamente na bacia oeste e 11 espécies que só ocorreram na bacia leste As parcelas terrestres são 72 trechos de 250 m de comprimento e 40 m de largura, onde são feitos os levantamentos botânicos, tanto de espécies lenhosas como de herbáceas (Foto 2). O estudo do gênero Psychotria (Rubiaceae), uma herbácea de sub-bosque com ampla distribuição na Reserva, mostrou que, com relação ao relevo topográfico, há dois grupos de espécies: um que ocorre em todas as altitudes do gradiente topográfico (que varia de 30 a 140 m acima do nível do mar) e outro grupo que ocorre exclusivamente nas áreas mais baixas. A inspeção da avifauna ao longo das trilhas permitiu localizar, na parte sudoeste da Reserva, um ninho ativo de gavião-real (Harpya harpyja), a maior ave predadora da Américas, que está na lista das espécies ameaçadas de extinção por causa do rápido desaparecimento de seu hahitat natural. O filhote (Foto 3) já foi observado, junto com um de seus pais, a 8 km de distância de seu ninho, demonstrando a importância do tamanho da Reserva para a conservação de espécies com grandes territórios.
institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Pesquisa Ecológica de Longa Duração
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spelling 254042023-09-22T18:34:26Z1[CeS] Textos de divulgação Diretrizes para conservação e manejo da fauna e flora da reserva florestal Adolpho Ducke Regina Celi Costa Luizão Conservação Fauna Amazônia Reserva florestal Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Pesquisa Ecológica de Longa Duração 2002-12-11 CAPA.jpg vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/b589482b9efadc47c66c082ea60b3283ed6c04a6.jpg A conseqüência mais óbvia dos impactos antrópicos no ecossistema florestal é a perda de habitats e a conseqüente diminuição da biodiversidade. Embora ainda em andamento, este projeto indica que o isolamento total da Reserva colocaria em risco de extinção várias espécies, pois a Reserva apresenta uma alta heterogeneidade de habitat para a fauna e flora, e a manutenção da integridade da Reserva é essencial para sua sobrevivência. Espécies com hábitats específicos (como exemplificado pelos peixes e por um grupo de espécies da erva Psychotria) ou que necessitam de grandes áreas para sobrevivência (como o gavião-real Harpya harpyja) podem tornar-se ausentes de fragmentos de floresta que não forneçam áreas mínimas, e contribuir para desequilíbrios de populações de outros componentes do ecossistema e, portanto, em seu funcionamento como um todo. Por isso, os resultados desse projeto são essenciais, podendo ajudar a definir áreas e tamanhos mais apropriados para estabelecimento de unidades de conservação e manejo ideais. Além disso, a integração dos estudos que identificam os fatores mais importantes para o equilíbrio das associações biológicas, permite apontar e financiar as pesquisas prioritárias para a preservação da floresta e suas espécies, e que podem ser aplicados em outras partes da Amazônia. Os pesquisadores responsáveis por este projeto fazem parte do Grupo de Pesquisa do CNPq chamado "Conservação e Manejo da Biota Amazônica" do Departamento de Ecologia do INPA, liderados pelo Dr. William Magnusson. A Reserva Florestal Adolfo Ducke, pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), tem área de 10.000 hectares (10 km x 10 km) e fica nos arredores da cidade de Manaus. Nos últimos anos, a expansão da cidade tem ameaçado a integridade da Reserva em várias direções, gradativamente isolando-a num grande fragmento florestal, ainda conectado à mata contínua apenas em sua porção nordeste (Foto 1). Este isolamento está transformando a Reserva no maior fragmento florestal urbano do mundo e, conseqüentemente, sujeito ao impacto antrópico de maior intensidade entre todos os conhecidos. Este projeto visa apontar as diretrizes que contribuirão para o manejo e conservação da flora e fauna da Reserva Ducke e tem as seguintes metas: (i) implantar um sistema de trilhas, com levantamento topográfico e hidrológico; (ii) demarcar parcelas permanentes para estudos de dinâmica da vegetação; (iii) fazer o levantamento dos grupos da fauna e determinar sua relação com a vegetação e o solo; (iv) integrar os estudos para detectar os fatores que controlam as associações biológicas na Reserva. A meta geral é propor melhores formas de manejo e de conservação dos recursos biológicos da Amazônia em grande escala. 00085_1.jpg 00085_2.jpg 00085_3.jpg 00085_4.jpg 00085_5.jpg 00085_6.jpg O sistema de trilhas foi implantado em 2000, consistindo num grade de nove trilhas verticais na direção norte-sul e nove trilhas horizontais na direção leste-oeste. Cada trilha tem 8 km de extensão e abrange quase toda a área da Reserva, deixando uma borda de 1 km em torno do perímetro da Reserva. As trilhas foram marcadas com tubos PVC numerados, a cada 250 m, e cotas altimétricas foram determinadas a cada 10 m. Ao longo das trilhas foram demarcadas parcelas terrestres permanentes para estudos dos organismos terrestres e parcelas aquáticas permanentes para estudos dos organismos aquáticos. A Reserva é dividida ao meio, no sentido norte-sul, por um platô central (120-140 m altitude) que atua como divisor de águas entre duas bacias hidrográficas distintas, a leste e oeste da Reserva. A bacia oeste é constituída por uma rede de pequenos rios (igarapés) de águas pretas e cristalinas que desaguam no rio Negro enquanto a bacia leste é formada por pequenos rios de águas barrentas que drenam para o rio Amazonas. Em cada bacia foram demarcadas 19 parcelas aquáticas, cada uma com 50 m de comprimento ao longo do leito dos igarapés. O estudo dos igarapés mostrou que a presença de ácidos húmicos, partículas em suspensão, velocidade e fluxo de corrente e o tipo de substrato são os principais fatores que dintinguem as duas bacias de drenagem, a leste e oeste da Reserva, e que estes influenciam diretamente na distribuição e abundância dos peixes nas duas bacias. Por exemplo, das 49 espécies de peixes (pertencentes a seis ordens e 16 famílias) encontradas nos igarapés da Reserva, houve 14 espécies que ocorreram exclusivamente na bacia oeste e 11 espécies que só ocorreram na bacia leste As parcelas terrestres são 72 trechos de 250 m de comprimento e 40 m de largura, onde são feitos os levantamentos botânicos, tanto de espécies lenhosas como de herbáceas (Foto 2). O estudo do gênero Psychotria (Rubiaceae), uma herbácea de sub-bosque com ampla distribuição na Reserva, mostrou que, com relação ao relevo topográfico, há dois grupos de espécies: um que ocorre em todas as altitudes do gradiente topográfico (que varia de 30 a 140 m acima do nível do mar) e outro grupo que ocorre exclusivamente nas áreas mais baixas. A inspeção da avifauna ao longo das trilhas permitiu localizar, na parte sudoeste da Reserva, um ninho ativo de gavião-real (Harpya harpyja), a maior ave predadora da Américas, que está na lista das espécies ameaçadas de extinção por causa do rápido desaparecimento de seu hahitat natural. O filhote (Foto 3) já foi observado, junto com um de seus pais, a 8 km de distância de seu ninho, demonstrando a importância do tamanho da Reserva para a conservação de espécies com grandes territórios. Funcionamento e biodiversidade de ecossistemas terrestres sob diferentes níveis de impactos antrópicos na Amazônia central Os pesquisadores apontam diretrizes para conservação e manejo da fauna e flora da reserva florestal Adolpho Ducke. 2002-12-11 Ciências Biológicas O sistema de trilhas foi implantado em 2000, consistindo num grade de nove trilhas verticais na direção norte-sul e nove trilhas horizontais na direção leste-oeste. Cada trilha tem 8 km de extensão e abrange quase toda a área da Reserva, deixando uma borda de 1 km em torno do perímetro da Reserva. As trilhas foram marcadas com tubos PVC numerados, a cada 250 m, e cotas altimétricas foram determinadas a cada 10 m. Ao longo das trilhas foram demarcadas parcelas terrestres permanentes para estudos dos organismos terrestres e parcelas aquáticas permanentes para estudos dos organismos aquáticos. A Reserva é dividida ao meio, no sentido norte-sul, por um platô central (120-140 m altitude) que atua como divisor de águas entre duas bacias hidrográficas distintas, a leste e oeste da Reserva. A bacia oeste é constituída por uma rede de pequenos rios (igarapés) de águas pretas e cristalinas que desaguam no rio Negro enquanto a bacia leste é formada por pequenos rios de águas barrentas que drenam para o rio Amazonas. Em cada bacia foram demarcadas 19 parcelas aquáticas, cada uma com 50 m de comprimento ao longo do leito dos igarapés. O estudo dos igarapés mostrou que a presença de ácidos húmicos, partículas em suspensão, velocidade e fluxo de corrente e o tipo de substrato são os principais fatores que dintinguem as duas bacias de drenagem, a leste e oeste da Reserva, e que estes influenciam diretamente na distribuição e abundância dos peixes nas duas bacias. Por exemplo, das 49 espécies de peixes (pertencentes a seis ordens e 16 famílias) encontradas nos igarapés da Reserva, houve 14 espécies que ocorreram exclusivamente na bacia oeste e 11 espécies que só ocorreram na bacia leste As parcelas terrestres são 72 trechos de 250 m de comprimento e 40 m de largura, onde são feitos os levantamentos botânicos, tanto de espécies lenhosas como de herbáceas (Foto 2). O estudo do gênero Psychotria (Rubiaceae), uma herbácea de sub-bosque com ampla distribuição na Reserva, mostrou que, com relação ao relevo topográfico, há dois grupos de espécies: um que ocorre em todas as altitudes do gradiente topográfico (que varia de 30 a 140 m acima do nível do mar) e outro grupo que ocorre exclusivamente nas áreas mais baixas. A inspeção da avifauna ao longo das trilhas permitiu localizar, na parte sudoeste da Reserva, um ninho ativo de gavião-real (Harpya harpyja), a maior ave predadora da Américas, que está na lista das espécies ameaçadas de extinção por causa do rápido desaparecimento de seu hahitat natural. O filhote (Foto 3) já foi observado, junto com um de seus pais, a 8 km de distância de seu ninho, demonstrando a importância do tamanho da Reserva para a conservação de espécies com grandes territórios. https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/25404 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/b589482b9efadc47c66c082ea60b3283ed6c04a6.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/1515b755bce792a630b73a110eb5ff7e84f197fe.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d010a516c47e9987907086f7014d00c934f0998d.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/0c887db1852971fe6a9ee3659bf073502dbdf07c.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/cdc9772873d48b6197182336968c4eee0d3ea9ff.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/700cdb9a83f8c54701a63ac7457dd9322c3b9211.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/5ee566acc9dcf6d301befdb61f25261f762eb389.jpg