Estudo analisa mercado e produtos gerados pelo emprego industrial da fibra de coco

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Brunno Henrique de Souza Santiago
Formato: Online
Publicado em: 2006
Assuntos:
Acesso em linha:https://canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese/artigo?item_id=23656
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abstract Os pesquisadores analisaram o mercado e produtos gerados pelo emprego industrial da fibra de coco.
coverage Este projeto revelou que o método de fabricação produz uma importante contribuição para a área ambiental, tendo em vista a gestão dos resíduos sólidos gerados, assim como na área de ciência e engenharia de materiais. Contudo, o método em estudo deve ser melhorado em todos os aspectos, desde técnicos, com o estudo de outras matérias-primas, bem como no aspecto da adição de cargas. Do ponto de vista do impacto social, os materiais fabricados constituem uma solução alternativa de valorização econômica, para os resí­duos, como os xaxins ecológicos e artefatos ligados à agricultura e jardinagem. O impacto social e ecológico do projeto pode gerar a criação de novos produtos de custos mais baixos e de boa qualidade, com uso dos princípios da conservação ambiental e do desenvolvimento para a sustentabilidade. Outras informações - Trabalho vencedor do Prêmio AmBev de Reciclagem 2005 (Categoria Reduzir Senac-SP) - Esta pesquisa realizada em 2005 e teve como colaborador o pesquisador Pagandai Vaithianathan Pannir Selvam. Do ponto de vista técnico-econômico ainda, a relevância deste estudo reside no potencial dessas soluções em gerar empregos nas unidades produtoras, desenvolver uma gestão tecnológica apropriada dos resíduos na fonte geradora, e proporcionar renda para os pequenos e microempresários ligados ao agronegócio do coco em nível regional.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em função do benefício ambiental produzido pelo emprego da casca de coco, desenvolveu um projeto para melhor aproveitamento da fibra do fruto na fabricação de materiais compostos com aplicação comercial e inovação tecnológica. O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A produção anual de coco é estimada em aproximadamente 1,5 bilhões de unidades, estando o País entre os dez maiores produtores do fruto no mundo. Já a produção da fibra de coco brasileira é superior a 7 mil toneladas. Da indústria de processamento de coco verde ou maduro, é oriunda uma quantidade significativa de resíduos dos quais as cascas de coco, entre 80% a 85% do peso bruto do fruto, são geralmente utilizadas como combustível em caldeiras, sendo outra parte depositada em lixões e às margens de estradas. Em Natal, no estado do Rio Grande do Norte, são produzidas 250 toneladas de lixo orgânico, dos quais 20% são referentes aos resíduos sólidos do coco. É importante ressaltar que a casca de coco é uma matéria de difícil decomposição, levando mais de oito anos para se reintegrar ao solo. A valorização do resíduo sólido, portanto, com a utilização da casca do coco verde processada, além da relevância econômica e social, é extremamente importante do ponto de vista ambiental.
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A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a empresa AquaCoco, localizada no município de Extremoz, em Natal. A parte experimental foi realizada no Laboratório de Termodinâmica e Reatores e no Laboratório de Engenharia de Custos e Processos. O ponto de partida para o desenvolvimento do projeto foi o interesse do empresariado, com a descoberta de uma oportunidade de investimento no próprio processo produtivo. Inicialmente, foi realizado um estudo de mercado e dos produtos, além das demandas e dos canais de comercialização e custos. A partir de um levantamento detalhado da cadeia agroindustrial geradora de resíduos, foi possível a realização de estudo preliminar, sendo definidos parâmetros importantes, como os processos, as operações e a quantidade disponível de resíduos. Também foram elaborados fluxogramas de produção para avaliação prévia dos custos com os resíduos envolvidos no processo. Para o estudo da extração das fibras, foram utilizados maquinários disponíveis no mercado e na literatura, tendo sido ainda realizadas visitas técnicas a fabricantes de máquinas forrageiras e de extrator. Foram feitos, inclusive, alguns testes com a utilização desses equipamentos. Além das matérias-primas fibra de coco, látex e resina poliéster, foram estudados e desenvolvidos materiais com a incorporação de cargas, como papel, pó de serra e coco. Também foram realizados testes para diminuir a quantidade de polímero (plástico), mediante experimentos buscando a fabricação de copolímeros (mistura de dois ou mais polímeros), sendo utilizados resina poliéster e líquido da castanha de caju (LCC) na formulação. Foi desenvolvido um composto polimérico à base de poliéster e LCC a fim de minimizar os custos do composto rí­gido (placas e telhas). Para as etapas de fabricação dos compostos flexíveis, foi seguido o procedimento de fabricação das mantas de fibra de coco, sendo utilizadas para a inserção de látex de forma alternada. No entanto, para a fabricação dos vasos (xaxim ecológico), foi utilizado um molde de alumínio do tipo macho-fêmea, além de usar matriz de látex natural colocada em camadas, e encaminhadas para cura (vulcanização) em estufa, durante 1h30 a uma temperatura de 70ºC. Com o molde desenvolvido, foi possível atestar a não necessidade do uso de prensas mecânicas para a compactação da manta de fibra de coco, sendo possível, por meio do sistema de fechamento, promover a compactação necessária para densificar o material. A confecção das placas foi feita com um molde plano, tendo sido empregada uma matriz poliméricadesenvolvida e incorporadas as fibras aleatoriamente. O processo foi realizado à pressão e à temperatura ambiente e, em seguida, houve exposição ao sol para complementar a cura - processo denominado termofotopolimerização. Por esta técnica é possível desenvolver painéis compostos com a utilização da energia solar, e baixo custo.
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institution Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
AquaCoco
Instituto Euvaldo Lodi do Rio Grande do Norte
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Do ponto de vista do impacto social, os materiais fabricados constituem uma solução alternativa de valorização econômica, para os resí­duos, como os xaxins ecológicos e artefatos ligados à agricultura e jardinagem. O impacto social e ecológico do projeto pode gerar a criação de novos produtos de custos mais baixos e de boa qualidade, com uso dos princípios da conservação ambiental e do desenvolvimento para a sustentabilidade. Outras informações - Trabalho vencedor do Prêmio AmBev de Reciclagem 2005 (Categoria Reduzir Senac-SP) - Esta pesquisa realizada em 2005 e teve como colaborador o pesquisador Pagandai Vaithianathan Pannir Selvam. Do ponto de vista técnico-econômico ainda, a relevância deste estudo reside no potencial dessas soluções em gerar empregos nas unidades produtoras, desenvolver uma gestão tecnológica apropriada dos resíduos na fonte geradora, e proporcionar renda para os pequenos e microempresários ligados ao agronegócio do coco em nível regional. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em função do benefício ambiental produzido pelo emprego da casca de coco, desenvolveu um projeto para melhor aproveitamento da fibra do fruto na fabricação de materiais compostos com aplicação comercial e inovação tecnológica. O consumo da água de coco verde no Brasil é crescente e significativo. A produção anual de coco é estimada em aproximadamente 1,5 bilhões de unidades, estando o País entre os dez maiores produtores do fruto no mundo. Já a produção da fibra de coco brasileira é superior a 7 mil toneladas. Da indústria de processamento de coco verde ou maduro, é oriunda uma quantidade significativa de resíduos dos quais as cascas de coco, entre 80% a 85% do peso bruto do fruto, são geralmente utilizadas como combustível em caldeiras, sendo outra parte depositada em lixões e às margens de estradas. Em Natal, no estado do Rio Grande do Norte, são produzidas 250 toneladas de lixo orgânico, dos quais 20% são referentes aos resíduos sólidos do coco. É importante ressaltar que a casca de coco é uma matéria de difícil decomposição, levando mais de oito anos para se reintegrar ao solo. A valorização do resíduo sólido, portanto, com a utilização da casca do coco verde processada, além da relevância econômica e social, é extremamente importante do ponto de vista ambiental. 00222_1.jpg 00222_2.jpg 00222_3.jpg A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a empresa AquaCoco, localizada no município de Extremoz, em Natal. A parte experimental foi realizada no Laboratório de Termodinâmica e Reatores e no Laboratório de Engenharia de Custos e Processos. O ponto de partida para o desenvolvimento do projeto foi o interesse do empresariado, com a descoberta de uma oportunidade de investimento no próprio processo produtivo. Inicialmente, foi realizado um estudo de mercado e dos produtos, além das demandas e dos canais de comercialização e custos. A partir de um levantamento detalhado da cadeia agroindustrial geradora de resíduos, foi possível a realização de estudo preliminar, sendo definidos parâmetros importantes, como os processos, as operações e a quantidade disponível de resíduos. Também foram elaborados fluxogramas de produção para avaliação prévia dos custos com os resíduos envolvidos no processo. Para o estudo da extração das fibras, foram utilizados maquinários disponíveis no mercado e na literatura, tendo sido ainda realizadas visitas técnicas a fabricantes de máquinas forrageiras e de extrator. Foram feitos, inclusive, alguns testes com a utilização desses equipamentos. Além das matérias-primas fibra de coco, látex e resina poliéster, foram estudados e desenvolvidos materiais com a incorporação de cargas, como papel, pó de serra e coco. Também foram realizados testes para diminuir a quantidade de polímero (plástico), mediante experimentos buscando a fabricação de copolímeros (mistura de dois ou mais polímeros), sendo utilizados resina poliéster e líquido da castanha de caju (LCC) na formulação. Foi desenvolvido um composto polimérico à base de poliéster e LCC a fim de minimizar os custos do composto rí­gido (placas e telhas). Para as etapas de fabricação dos compostos flexíveis, foi seguido o procedimento de fabricação das mantas de fibra de coco, sendo utilizadas para a inserção de látex de forma alternada. No entanto, para a fabricação dos vasos (xaxim ecológico), foi utilizado um molde de alumínio do tipo macho-fêmea, além de usar matriz de látex natural colocada em camadas, e encaminhadas para cura (vulcanização) em estufa, durante 1h30 a uma temperatura de 70ºC. Com o molde desenvolvido, foi possível atestar a não necessidade do uso de prensas mecânicas para a compactação da manta de fibra de coco, sendo possível, por meio do sistema de fechamento, promover a compactação necessária para densificar o material. A confecção das placas foi feita com um molde plano, tendo sido empregada uma matriz poliméricadesenvolvida e incorporadas as fibras aleatoriamente. O processo foi realizado à pressão e à temperatura ambiente e, em seguida, houve exposição ao sol para complementar a cura - processo denominado termofotopolimerização. Por esta técnica é possível desenvolver painéis compostos com a utilização da energia solar, e baixo custo. 00222_4.jpg 00222_5.jpg 00222_6.jpg Desenvolvimento de Projeto para o Aproveitamento da Fibra do Coco na Fabricação de Materiais Compósitos com Aplicação Comercial e Inovação Tecnológica Os pesquisadores analisaram o mercado e produtos gerados pelo emprego industrial da fibra de coco. 2006-02-23 Ciências Exatas e da Terra A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a empresa AquaCoco, localizada no município de Extremoz, em Natal. A parte experimental foi realizada no Laboratório de Termodinâmica e Reatores e no Laboratório de Engenharia de Custos e Processos. O ponto de partida para o desenvolvimento do projeto foi o interesse do empresariado, com a descoberta de uma oportunidade de investimento no próprio processo produtivo. Inicialmente, foi realizado um estudo de mercado e dos produtos, além das demandas e dos canais de comercialização e custos. A partir de um levantamento detalhado da cadeia agroindustrial geradora de resíduos, foi possível a realização de estudo preliminar, sendo definidos parâmetros importantes, como os processos, as operações e a quantidade disponível de resíduos. Também foram elaborados fluxogramas de produção para avaliação prévia dos custos com os resíduos envolvidos no processo. Para o estudo da extração das fibras, foram utilizados maquinários disponíveis no mercado e na literatura, tendo sido ainda realizadas visitas técnicas a fabricantes de máquinas forrageiras e de extrator. Foram feitos, inclusive, alguns testes com a utilização desses equipamentos. Além das matérias-primas fibra de coco, látex e resina poliéster, foram estudados e desenvolvidos materiais com a incorporação de cargas, como papel, pó de serra e coco. Também foram realizados testes para diminuir a quantidade de polímero (plástico), mediante experimentos buscando a fabricação de copolímeros (mistura de dois ou mais polímeros), sendo utilizados resina poliéster e líquido da castanha de caju (LCC) na formulação. Foi desenvolvido um composto polimérico à base de poliéster e LCC a fim de minimizar os custos do composto rí­gido (placas e telhas). Para as etapas de fabricação dos compostos flexíveis, foi seguido o procedimento de fabricação das mantas de fibra de coco, sendo utilizadas para a inserção de látex de forma alternada. No entanto, para a fabricação dos vasos (xaxim ecológico), foi utilizado um molde de alumínio do tipo macho-fêmea, além de usar matriz de látex natural colocada em camadas, e encaminhadas para cura (vulcanização) em estufa, durante 1h30 a uma temperatura de 70ºC. Com o molde desenvolvido, foi possível atestar a não necessidade do uso de prensas mecânicas para a compactação da manta de fibra de coco, sendo possível, por meio do sistema de fechamento, promover a compactação necessária para densificar o material. A confecção das placas foi feita com um molde plano, tendo sido empregada uma matriz poliméricadesenvolvida e incorporadas as fibras aleatoriamente. O processo foi realizado à pressão e à temperatura ambiente e, em seguida, houve exposição ao sol para complementar a cura - processo denominado termofotopolimerização. Por esta técnica é possível desenvolver painéis compostos com a utilização da energia solar, e baixo custo. 00222_4.jpg 00222_5.jpg 00222_6.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/api/items/23656 https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/95a83c232a333100f2e462143e29b6de74c16018.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/42fe02f37034283e9730231887efd59432ac32de.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/ba68dc9731bfbb0aad8622efae0128848781108d.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/7a60bae3e2823932f8394c06fb85e338f4344b44.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/f3db72eb2bd0404cf84959667d182cf66543c23b.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/b6d028a1df375fa8fd55ac80637e24d5e18398f3.jpg https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/original/d60aa953ed10c02c1e73d1b877c6eef5739ee28e.jpg