Yolande Monteux

Yolande Monteux nasceu em 03 de outubro de 1910 em Chartres, na França. Com 03 anos de idade, a família dela mudou-se para São Paulo. Naturalizou-se brasileira em 1937, neste mesmo ano, tornou-se a primeira mulher brasileira a formar-se em física, além disso foi também uma das primeiras mulheres mat...

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Bibliografiske detaljer
Format: Online
Udgivet: 2021
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description Yolande Monteux nasceu em 03 de outubro de 1910 em Chartres, na França. Com 03 anos de idade, a família dela mudou-se para São Paulo. Naturalizou-se brasileira em 1937, neste mesmo ano, tornou-se a primeira mulher brasileira a formar-se em física, além disso foi também uma das primeiras mulheres matemáticas do estado de São Paulo. Com 17 anos, yolande já dava aulas particulares aos filhos da elite. Em 1935, cursou física e matemática  na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. EM 1941, foi contratada por esta faculdade como assistente da disciplina de Física Geral e Experimental e pela cadeira de Física Teórica e Física Matemática, em 1942, compôs a equipe de Giuseppe Occhialini e Gleb Wataghin e Marcello Damy de Souza Santos em pesquisas sobre raios cósmicos, tornando-se uma das pioneiras da área. Neste mesmo ano, apresentou os resultados de sua pesquisa com a câmara de Wilson no Simpósio Internacional de raios cósmicos no Rio de Janeiro. Em 1943, ela consegue o cargo de estagiária na seção de química do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no laboratório de Espectroscopia, onde realizava experiências com querosene e zinco. Trabalhou também na Colmeia, “entidade responsável em dar assistência moral, econômica, educacional e cívica aos alunos dos cursos secundários”. Casou-se em 1948 com o jornalista João Correa de Sá, teve dois filhos e junto com o marido traduziu obras literárias para o português.  Na década de 1950, assumiu o cargo de engenheira tecnologista do IPT, e com isso, passou a estudar materiais radioativos, areais monazíticos, além dos métodos de análises de urânio e tório, e também com o dessalgamento da água do mar e de carbogênico para o tratamento hospitalar. Em 1960, foi convidada para um cargo no Instituto de Pesos e Medidas em Paris, porém permaneceu pouco tempo devido a problemas com outros pesquisadores do Instituto, com isso transferiu-se para o Imperial College, em Londres, por lá permaneceu sem jamais retornar ao Brasil. Yolande teve dificuldades fora do Brasil para se colocar como pesquisadora, porque o diploma dela não era bem aceito na Europa. Por isso, tornou-se professora do ensino fundamental na França, Inglaterra, Tunísia e Nigéria e teve a oportunidade de participar do projeto experimental “Universidade popular”, que consistia em oferecer a todos o aprendizado de matemática, física e ciências. Preocupava-se também com temas ambientais, tais como: desflorestamento e poluição nuclear e responsabilidade social do cientista, além da preocupação com o mau uso da ciência. Yolande era uma mulher de opiniões fortes e convicções idealistas, ela abriu as portas da Física para as brasileiras. E contribuiu para a difusão e expansão da ciência nacional. Foi de grande importância para o enquadramento funcional de mulheres no IPT. Morreu em 1998 em Chartres, na França aos 79 anos.
abstract Foi a primeira mulher brasileira a formar-se em física, além disso foi também uma das primeiras mulheres matemáticas do estado de São Paulo. Preocupava-se também com temas ambientais e com o mau uso  da ciência.
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Neste mesmo ano, apresentou os resultados de sua pesquisa com a câmara de Wilson no Simpósio Internacional de raios cósmicos no Rio de Janeiro. Em 1943, ela consegue o cargo de estagiária na seção de química do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no laboratório de Espectroscopia, onde realizava experiências com querosene e zinco. Trabalhou também na Colmeia, “entidade responsável em dar assistência moral, econômica, educacional e cívica aos alunos dos cursos secundários”. Casou-se em 1948 com o jornalista João Correa de Sá, teve dois filhos e junto com o marido traduziu obras literárias para o português.  Na década de 1950, assumiu o cargo de engenheira tecnologista do IPT, e com isso, passou a estudar materiais radioativos, areais monazíticos, além dos métodos de análises de urânio e tório, e também com o dessalgamento da água do mar e de carbogênico para o tratamento hospitalar. Em 1960, foi convidada para um cargo no Instituto de Pesos e Medidas em Paris, porém permaneceu pouco tempo devido a problemas com outros pesquisadores do Instituto, com isso transferiu-se para o Imperial College, em Londres, por lá permaneceu sem jamais retornar ao Brasil. Yolande teve dificuldades fora do Brasil para se colocar como pesquisadora, porque o diploma dela não era bem aceito na Europa. Por isso, tornou-se professora do ensino fundamental na França, Inglaterra, Tunísia e Nigéria e teve a oportunidade de participar do projeto experimental “Universidade popular”, que consistia em oferecer a todos o aprendizado de matemática, física e ciências. Preocupava-se também com temas ambientais, tais como: desflorestamento e poluição nuclear e responsabilidade social do cientista, além da preocupação com o mau uso da ciência. Yolande era uma mulher de opiniões fortes e convicções idealistas, ela abriu as portas da Física para as brasileiras. E contribuiu para a difusão e expansão da ciência nacional. Foi de grande importância para o enquadramento funcional de mulheres no IPT. Morreu em 1998 em Chartres, na França aos 79 anos. 2021-07-20 Yolande.JPG vignette : https://repositorio.canalciencia.ibict.br/files/large/be568de46db2ca18851b6083d7a31b60c973a270.jpg Foi a primeira mulher brasileira a formar-se em física, além disso foi também uma das primeiras mulheres matemáticas do estado de São Paulo. Preocupava-se também com temas ambientais e com o mau uso  da ciência. 2021-07-20 DICKENS, Charles. David Copperfield. Paperback, Hemus Editora Limitada. Edição Adaptada, 1981. 150 p. Tradutor: Joao Correa de Sa | Yolande Monteux. ISBN: 9788528902228. MAIA, Otávio Borges. Vox: arte, cultura e ciência no Brasil / Otávio Borges Maia, ilustrado por Kleber Soares de Sales - Brasília: Ibict, 2017. 132 p.; il. ISBN: 978-85-7013-129-4 e eISBN: 978-85-7013-130-0 MARCOLIN, Neldson. 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